domingo, 10 de fevereiro de 2013

Grupo Galpão 30 anos - Romeu e Julieta

Obrigado, Grupo Galpão.

Foto: Guto Muniz - Belo Horizonte, 1992
O Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro. Criado em 1982, o grupo desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público.

Formado por atores que trabalham com diferentes diretores convidados, como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes e Jurij Alschitz (além dos próprios componentes que também já dirigiram espetáculos do Grupo), o Galpão forjou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro. Com essa mescla, o Galpão cria uma cena de forte comunicação e empatia com o público.

Ao longo de sua trajetória, o Grupo participou de mais 40 festivais internacionais (na Europa, América latina, Estados Unidos e Canadá) e cerca de 70 nacionais, em todas as regiões do país, sendo o único grupo brasileiro a se apresentar no “Globe Theather”, em Londres. O Grupo acumula ainda mais de 100 prêmios brasileiros, com destaques para o “Prêmio Shell” (1994 – Rio de Janeiro), nas categorias melhor direção, melhor figurino e melhor iluminação, e para os Prêmios do estado de Minas Gerais “Usiminas Sinparc”, “SESC Sated”, de Reconhecimento Cultural pelos 25 anos de Atividades e a “Ordem do Mérito Cultural”, condecoração do Ministério da Cultura dada a grupos e personalidades que contribuíram e contribuem para a cultura brasileira.
(extraído do Site http://www.grupogalpao.com.br/port/ogrupo/)

Foto: Babaya - Santiago (Chile), 2013

Globe Theatre, Londres, 2012









Ao atualizar o sentido da mais conhecida história de amor da humanidade, a concepção de Gabriel Villela para o Galpão transpôs a tragédia dos dois jovens apaixonados para o contexto da cultura popular brasileira. Esse conceito sustenta todo o espetáculo, especialmente na figura do narrador, que rege toda a ação com uma linguagem inspirada em Guimarães Rosa e no sertão mineiro.
A montagem da tragédia de Shakespeare foi um marco na carreira do grupo. O encontro com Gabriel Villela significou a ousadia de fazer um clássico na rua. Ao texto original do espetáculo, na clássica tradução de Onestaldo de Pennaforte, juntam-se elementos da cultura popular brasileira e mineira, presente nas serestas e modinhas, nos adereços e figurinos que remetem ao interior profundo do Brasil.

Desde sua estréia na histórica cidade de Ouro Preto, em 1992, "Romeu & Julieta" construiu uma carreira de sucesso de público e crítica, no país e no exterior. Visto duzentas e setenta e duas vezes, em quase sessenta cidades brasileiras e em nove países estrangeiros - Espanha, Inglaterra, Portugal, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Uruguai, Venezuela e Colômbia - em teatros, estádios ou, preferencialmente, em praças públicas, por platéias oscilando entre trezentos e quatro mil espectadores. Em julho do ano de 2000, coroou sua trajetória com uma série de apresentações em Londres, no palco do Shakespeare’s Globe Theatre, onde recebeu uma consagradora acolhida do público inglês.
(extraído do site: http://www.grupogalpao.com.br/port/espetaculos/sinopse.php?espetaculo=romeu-e-julieta)

Fontes:
Facebook: https://www.facebook.com/galpao.grupo e
Youtube: http://www.youtube.com/user/grupogalpao?feature=watch
Site: http://www.grupogalpao.com.br/port/ogrupo/

Dona Flor e seus Dois Maridos: Belas imagens do filme de Bruno Barreto

Acabei o livro Dona Flor e seus Dois Maridos (não posso me considerar um bom leitor ignorando abra de Jorge Amada). Deu aquela vontade de rever o filme de Bruno Barreto. Destaquei algumas imagens.
Sonia Braga é Dona Flor
Vadinho mais maluco, sem juízo, meu doido lindo
Dona Flor (Sonia Braga) e Vadinho (José Wilker)
Dona Flor
Dona Flor
Dona Flor
Dona Flor (Sonia Braga) e Teodoro (mauro Mendonça)
Vadinho que não vem
Dona Flor
Saudade de Vadinho
Teodoro pede a mão de Dona Flor
Vadinho, você voltou.
Vadinho vadiando
Bruno Barreto dirigindo Sonia Braga

Trilha de Dona Flor


Ficha Técnica de Dona Flor e Seus Dois Maridos* é um filme brasileiro de 1976, do gênero comédia, dirigido por Bruno Barreto. Baseado no livro homônimo de Jorge Amado, foi adaptado por Bruno Barreto, Eduardo Coutinho e Leopoldo Serran. A direção de fotografia é de Murilo Salles.
Foi por 34 anos recordista de público entre o cinema brasileiro levando mais 10 milhões de espectadores aos cinemas[1], até ser ultrapassado em 2010 por Tropa de Elite 2. Foi refilmado nos Estados Unidos da América como Meu Adorável Fantasma, em 1982, e será refilmado no Brasil em 2014. Foi adaptado também em forma de minissérie para a TV Globo, em 1998.
*fonte: Wikipedia

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

HORÓSCOPO DEFINITIVO Por Seu Casseta

Previsão para todos os dias

vocês precisam acreditar em mim eu sou astrólogo
Raul Seixas

AQUÁRIO (21 jan a 19 fev)
Você tem uma mente inventiva e dirigida para o progresso. Você mente pra cacete. Você comete os
mesmos erros repetidamente porque é estúpido. Todo mundo acha que você é o mais completo idiota.

PEIXES (20 fev a 20 mar)
Você é do tipo pioneiro e pensa que os outros são uns cabeças-de-bagre. Você é rápido para reprimir os
outros, impaciente e cheio de conselhos. Você não faz nada além de encher o saco de todos que se aproximam de você. Pensando bem, você é um cabeça-de-bagre.

ÁRIES (21 mar a 20 abr)

Você tem uma imaginação fértil e freqüentemente pensa que está sendo seguido pela polícia. Você não consegue realmente influenciar ninguém apesar de ficar o tempo todo tentando exibir seu poder. Você não tem autoconfiança e é em geral uma toupeira.

TOURO (21 abr a 20 mai)

Você é prático e persistente. Você tem uma determinação canina e trabalha como um condenado. A
maioria das pessoas pensa que você é um teimoso cabeça-dura. Você não é nada além de um maldito
comunista.

GÊMEOS (21 mai a 20 jun)
Você tem um raciocínio rápido e é inteligente. As pessoas não gostam de você porque você é bissexual.
Você tem tendência a esperar muito de muito pouco. Isso significa que você é um filho da puta barato. Geminianos costumam ter muito sucesso no incesto.

CÂNCER (21 jun a 22 jul)

Você é solidário e compreensivo com os problemas das outras pessoas, o que faz de você um xarope. Você sempre está pondo as coisas para fora. É por isso que você está sempre numa boa, apesar de não valer nada. Todo mundo na prisão é de câncer.

LEÃO (23 jul a 22 ago)

Você se considera um líder natural. Os outros acham você um idiota completo. A maioria dos leoninos é
agressiva. Você é vaidoso e não suporta críticas. Sua arrogância é enojante. As pessoas de leão são ladrões
e filhos da puta.

VIRGEM (23 ago a 22 de set)

Você é do tipo lógico e odeia desordem. Sua atitude cata-merdas é enojante para seus amigos e colegas de
trabalho. Você é frio, não tem emoções e freqüentemente dorme enquanto está trepando. Virginianos dão bons motoristas de ônibus e cafetões.

LIBRA (23 set a 22 out)
Você é do tipo artístico e tem dificuldades em lidar com a realidade. Se é homem é provavelmente meio
veado. Suas chances de sucesso profissional e fortuna são nulas. A maioria das mulheres de libra é puta. Todos os librianos morrem de doenças venéreas.

ESCORPIÃO (23 de out a 21 nov)

Você é o pior de todos. Você é traiçoeiro nos negócios e ninguém deve confiar em você. Você talvez atinja o sucesso financeiro através da sua total falta de ética. Você é o perfeito filho da puta. A maioria dos escorpiões deveria ser eliminada. 

SAGITÁRIO (22 nov a 21 dez)

Você é otimista e entusiástico. Você tem uma forte tendência a confiar na sorte, uma vez que não possui
nenhum talento. A maioria dos sagitarianos é composta de bêbados. Você não vale um pedaço de merda.

CAPRICÓRNIO (22 dez a 20 jan)

Você é conservador e tem medo de correr riscos. Você é basicamente um merda. Nunca houve um capricorniano  que tivesse qualquer importância. Você devia se suicidar.

Fonte: Casseta e Planeta?

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Escola de Bufões



A Escola de Bufões
11/ 7/ 1990 - Rio de Janeiro/RJ
Teatro Villa-Lobos

Com direção de Moacyr Góes e atores da Companhia de Encenação Teatral, o espetáculo exalta a teatralidade, por meio da sintonia entre luz, cenário, figurinos, adereços, coreografia e um texto que aborda o universo dos bufões medievais.
Escrito pelo belga Michel de Ghelderode, tem por tema a decadência da atividade dos bufões, no século XVI. A horda de fanfarrões disformes e grotescos ocupa ruínas ou porões, excluídos do mundo renascentista. A peça vê na bufonaria, entre os homens que representam o lado mais avesso da existência, os meios para reinventar a vida.
O cenário de Hélio Eichbauer abre diversos alçapões e retira a parte frontal do tablado, tornando visível a parte debaixo do palco. Esses buracos são usados pela intensa movimentação acrobática concebida por Deborah Colker. O público divide com os atores a tensão pelo risco da representação. Esse movimento, ao mesmo tempo que colabora para a definição da figura desajeitada do bufão, acrescenta-lhe um sentido poético. A música de Mário Vaz de Mello fornece o tom desse prazer cruel, conceituando com a sonoridade a leveza e, paradoxalmente, o farsesco do ofício dos bufões.
A crítica Barbara Heliodora lamenta as limitações do tratamento dado ao texto em comparação com a exuberância visual da encenação, mas reconhece no palco "um espetáculo de extraordinária vida cênica em termos de cor e movimento".1 Marcos Ribas de Faria escreve, no Jornal do Brasil, que o diretor "faz a dramaturgia do espaço" e "chega à dramaturgia da representação ou do ator".2
O crítico Macksen Luiz define a direção como uma "requintada procura do equilíbrio instável", dedicada a pensar a função da arte por meio de feias e tristes figuras e cumprindo "o papel de discutir a contemporaneidade do ato teatral". Segundo o crítico a imagem da dança do mestre Folial, interpretado por Floriano Peixoto, com o bedel Galgut, por Leon Góes, é "um dos momentos mais fortes do teatro carioca nas últimas temporadas".3Também o elenco merece admiração do crítico:
"Moacyr Góes rege uma sinfonia cruel, que trata todo o tempo de questões de vida, mas com pompa fúnebre de mortes anunciadas. Os executantes dessa sinfonia são atores que demonstram uma disponibilidade admirável para a proposta do diretor. Não se trata apenas de um esforço físico notável, mas de uma capacidade de concentração sobre personagens que se expressam pela corporeidade. Todo o elenco de apoio são bufões perfeitos que ocupam o palco com uma presença envolvente e algo repulsiva. Realizam com precisão as exigências corporais e vocais, numa unidade cênica de ação poética".4
Notas
1. HELIODORA, Barbara. Vida, cor e movimento. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 20 jul. 1990.
2. FARIA, Marcos Ribas de. Plenitude criadora. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 20 jul. 1990.
3. LUIZ, Macksen. Os bufões da arte. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 14 jul. 1990. Caderno B, p. 4.
4. Ibid.



Veja abaixo o folheto digitalizado da primeira encenação em 1991.













quinta-feira, 12 de abril de 2012

Jacarezinho - Imagens do CRACK registradas de dentro de um ônibus

Nem sempre ando de 673 (Linha Méier - Parada de Lucas), prefiro evitar pegar esse ônibus pois ele passa pelo Jacarezinho, comunidade do Rio de Janeiro considerada de risco... Mas nas vezes que ando nessa linha registro em meu celular Nokia as mesmas imagens. Minha vista conta os que vivem nas ruas, os que aparecem dormindo nas calçadas, quantos estão reunidos com seus copinhos na mão, quantos perambulam... Conto cinquenta, sessenta, setenta apenas num pequeno trajeto do ônibus que me leva para o trabalho. Compartilho com todos, principalmente aqueles que nunca passaram ou evitam (por razões óbvias) passar por este lugar. Entendam que a fotografia é um momento de oportunidade rara, mas em se tratando de Jacarezinho, registrar tais imagens não exige esforço nenhum, de tão comuns que são. Os jovem e crianças que aqui aparecem não estão preocupados em se esconder. Os que se escondem são a maioria. Portanto registro apenas a ponta do iceberg . Zyricardo, março de 2012

















terça-feira, 4 de outubro de 2011

Quem foi Mário Magalhães da Silveira

Mário Magalhães da Silveira
Em 2007, dentro de um unidade pública de saúde, encontrei um livro entre pilhas de papel que provavelmente iriam para o lixo. O livro se chamava “Política nacional de saúde pública: a trindade desvelada - economia - saúde – população” de Mário Magalhães da Silveira. Dei uma folheada e gostei. Desde então a figura de Mário Magalhães da Silveira passou a ser para mim uma referência sobre saúde pública e exemplo de servidor público. Quem ousar estudar Saúde Pública deve conhecer Mário. Em seu trabalho ele aponta as relações entre pobreza, desigualdade, promoção da saúde e prevenção da doença no Brasil.

Mário Magalhães da Silveira, formou-se na Faculdade de Medicina da Bahia ao lado de Nise da Silveira. Casaram-se e compartilharam uma vida e uma trajetória brilhante até seu falecimento em 1986.

Mário Magalhães da Silveira em momento da vida pública
"Com a queda do Estado Novo, delineou-se uma crise crescente da política nacional de saúde, recolocando em debate a forma como vinham se estruturando os serviços de saúde. O sanitarista Mário Magalhães da Silveira surgiu então como liderança da nova escola sanitária no Brasil, que atingiu seu apogeu no início dos anos 1960: a Escola Nacionalista-Desenvolvimentista. A principal questão que esse movimento se colocava referia-se ao círculo vicioso pobreza versus doença, posto como linha de atuação do ideário dos 'jovens turcos'. Travava-se também um debate sobre a questão administrativa, girando em torno da centralização ou descentralização da estrutura sanitária — indagava-se se os serviços de saúde deveriam ser municipalizados, administrados pelas comunidades locais ou deveriam seguir um modelo único, vertical e centralizado.” Fontes para a história dos 50 anos do Ministério da Saúde (Ana Luce Girão Soares de Lima; Maria Marta Saavedra Pinto)
Casal Mário Magalhães da Silveira e Nise da Silveira
Final dos anos 20
“Representando as novas posições, surgiu com ênfase o médico sanitarista Mario Magalhães da Silveira, que pertenceu ao grupo dos sanitaristas da década de 20, mas que atingiu na década de 50/60 sua maior expressividade a.partir da crítica que fez à política governamental para a saúde pública, em 1948, inserida .no PLANO SALTE, e do modelo adotado pelo SESP. Foi no interior do ISEB que produziu e expôs o conjunto de suas idéias.

Tomando como seus pontos de reflexão a falência das perspectivas "companhistas" e "americanas", introduziu a discussão do desenvolvimentismo, da integração das ações, do planejamento em saúde, (...) Foi no período Goulart, como presidente da Sociedade Brasileira de Higiene, em 1962, e como secretário geral da 3ª CNS, em 1963, que ele capitaneou um esforço coletivo de "releitura" do conjunto dos problemas de saúde e da organização dos serviços de saúde no Brasil.” Caderno de Pesquisa 06 da Unicamp -1989

“Mário Magalhães da Silveira, segundo o Professor Francisco de Oliveira, era um médico que combinava extraordinariamente demografia, sociologia e saúde pública. Trabalhava cada uma dessas áreas com o rigor científico do especialista, e os ultrapassava, ao interligar essas questões numa síntese macrossocial. Pode-se dizer que essa visão interdisciplinar tornava-o um grande cientista social.”
Mário Magalhães da Silveira em momento da vida pública

Sobre o Livro
Livro de Mário Magalhães da Silveira
Livro: Política nacional de saúde pública: a trindade desvelada - economia - saúde - população / National public health policy: the disclosed triad - economy - health - population.

Autores: Silveira, Mário Guimarães da; Silva, Rebeca de Souza e(org); González de Morell, Maria Graciela(org).

Traz o pensamento de um sanitarista - Mário Magalhães da Silveira - que protagonizou uma parte importante da história da saúde pública brasileira. Dedicou-se a estudos sobre pobreza e desigualdade no país, tendo como ideal a construção de um Brasil mais justo. Surgiu como liderança da nova escola sanitária no Brasil, que atingiu seu apogeu no início dos anos 1960: a escola nacionalista-desenvolvimentista. Ao apresentar e comentar o quadro sanitário brasisleiro de 50 anos atrás, Mário Magalhães deixou registrado o sentido da promoção à saúde e da prevenção da doença.(AU)

Imagens extraídas do Livro.