Precisei de jornal velho para empacotar alguma coisas e olha que eu achei na lixeira do prédio. O Globo de 28/12/2012 publicou no Segundo Caderno essa matéria interessante. Isso que é reciclagem. Os melhores livros de 2012 foram escolhidos por Guilherme Freitas, José Castello, Mànya Millen e Suzana Velasco. Veja o link da matéria no site de O Glogo: clique aqui
Quem não tem simpatia por um desses clubes? Bangu e América são grandes times de história e tradição.
17 DE ABRIL DE 1904 - O BANGU E SUA VIDA
A história do Bangu Atlético Clube começa realmente em fins do século XIX. Dentro da Fábrica Bangu, técnicos ingleses, recém chegados, falaram do futebol. Os filhos da terra ficaram empolgados com a narrativa dos bretões, sobre a nova modalidade desportiva. Das conversações, nasceu a idéia de fazer-se um "field". "Field" era como os ingleses denominavam o campo de futebol. Mas... e as bolas? Já havia uma trazida pelo técnico Thomas Donohoe, ou melhor, seu 'Danau" (essa bola ao que tudo indica, foi a primeira bola de futebol da Cidade Maravilhosa).
Era da Inglaterra que vinha o equipamento industrial da Fábrica, dentro de enormes caixas de madeira. Alguém foi a Londres a serviço da Fábrica. Eis que um dia ao ser aberta, na Fábrica, uma dessas Caixas, encontrou-se bem camuflado, um pacote contendo uma bola de couro para a prática do futebol, novinha, com bomba e tudo para enchê-la e alguns pares de chuteiras.
Ao iniciar-se pois, o século XX, já se praticava o futebol em Bangu, em uma área cedida pela Companhia Progresso Industrial do Brasil e que seria, como foi, um campo provisório, localizado bem ao lado direito das salas de trabalho então existentes.
Em dezembro de 1903, retornando de um passeio que fizera a sua terra natal, a Inglaterra, o Sr. Thomas Donohoe trouxe mais duas bolas de futebol.
Sentindo o entusiasmo que despertava em todos, o novo jogo o Sr. Andrew Procter sugeriu a fundação de um "club". Após uma reunião preparatória, na qual tomaram parte os Srs. Andrew Procter, John Starck, José Villas Boas, Thomas Donohoe, Clarence Hibbs, Willian French, Willian Procter, Martinho Dumiense, José Medeiros, José Soares, Frederich Jacques e Thomas Hellowell, quando se decidiu, definitivamente, fundar-se o "club", dias após, precisamente a 17 de abril de 1904, na casa nº 12 da Rua Estevão (depois Rua Ferrer e hoje Av. Cônego Vasconcelos) foi, oficialmente, fundado o Bangu Atlético Clube, com a presença dos Srs. Andrew Procter, Clarence Hibbs, Frederich Jacques, John Starck, José Soares, Segundo Maffeu, Thomas Hellowell, William French, William Hellowell e William Procter.
A 18 de setembro de 1904, Alberto Koltzbucher, Alfredo Guilherme Koehler, Alfredo Mohrsted, Gustavo Bruno Mohrsted, Henrique Mohrsted, Jayme Faria Machado e Oswaldo Mohrsted fundaram o América Football Club sob o lema: "Nunca abandonar o América, mesmo nas maiores crises".
A reunião aconteceu na residência de Alfredo Mohrstedt, no número 83 da Rua Praia Formosa, que se chama, hoje, Rua Pedro Alves, no Cais do Porto.
O América, juntamente com Bangu, Botafogo, Esporte Clube Petrópolis, Fluminense e Futebol Atlético Clube fundou a Liga de Football do Rio de Janeiro, a primeira federação do futebol carioca, para a qual ainda foram convidados o Payssandu e o Rio Cricket.
Amilcar Teixeira Pinto, que iria tornar-se o primeiro capitão do América e organizador do primeiro time de futebol, ingressou no clube. Acontece a primeira partida oficial, e foi contra o Bangu. Resultado: América 1x6 Bangu.
Certa noite, a polícia fez batida numa favela da capital pernambucana, em busca do chefe do tráfico de drogas. Confundiu um operário com o homem procurado. Levou-o para a delegacia e passou a torturá-lo. Vizinhos e a família, desesperados, ficaram em volta da delegacia ouvindo os gritos do homem. Até que alguém sugeriu à esposa do operário recorrer a Dom Helder. A mulher bateu na igreja das Fronteiras: “Dom Helder, pelo amor de Deus, vem comigo, lá na delegacia do bairro estão matando meu marido a pancadas”. O prelado a acompanhou. Ao chegar lá, o delegado ficou assustadíssimo: “Eminência, a que devo a honra de sua visita a esta hora da noite?” Dom Helder explicou: “Doutor, vim aqui porque há um equívoco. Os senhores prenderam meu irmão por engano”. “Seu irmão?!” “É, fulano de tal – deu o nome – é meu irmão”. “Mas, Dom Helder – reagiu o delegado perplexo -, o senhor me desculpe, mas como podia adivinhar que é seu irmão. Os senhores são tão diferentes!”. Dom Helder se aproximou do ouvido do policial e sussurrou: “É que somos irmãos só por parte de Pai”. “Ah, entendi, entendi”. E liberou o homem. Caso contado por Frei Betto sobre Dom Helder
União da Ilha do Governador 1998 - Fatumbi Ilha de Todos Os Santos
Vem ver, vem ver a bateria arrepiar Xirê, Sapucaí vai tremer Pra Fatumbi Ojuobá
Vem ver, vem ver a bateria arrepiar Xirê, Sapucaí vai tremer Pra Fatumbi Ojuobá
Vem brilhar, um dom divino Na regência de Ifá, nasce o filho do destino E com a Ilha travessa o mar O navio é negreiro, ô ô ô E na vinda vem os orixás Pra surgir nossos terreiros Na cultura Yorubá nagô, ô ô Se entrega por inteiro E se sagrou babalaô Homem branco feiticeiro
Negro chora, negro ri, amor, amor Negro é raça, negro é grito Negro é tão bonito Fatumbi fotografou
Negro chora, negro ri, amor, amor Negro é raça, negro é grito Negro é tão bonito Fatumbi fotografou
Jubiabá E com Jubiabá na memória Muda sua trajetória, vem-se embora E da Bahia faz o seu canto Se torna filho de santo, de mãe senhora E sua obra no candomblé Mostra a força do nosso axé E a grandeza dessa nação Iluminado pela paz de Oxalá É luz que brilha com seu encanto É Ilha de Todos os Santos
Vem ver, vem ver a bateria arrepiar Xirê, Sapucaí vai tremer Pra Fatumbi Ojuobá
A Revista dos Amigos da Mercedes-Benz do Brasil publicou em 1992 uma sublime matéria que me fez descobrir Pierre Verge e os encantos da Bahia. Depois de 20 anos tive a grata surpresa de reencontrar esta revista no Mercado Livre. Com texto de Sílvio Ferreira Leite, fotos de Gustavo Campos e layout de Marcos Arthur, eis a matéria digitalizada em minha velha HP e publicada neste modesto blogue.
Foto de Gustavo Campos
Foto de Gustavo Campos
Texto de Sílvio Ferreira Leite
Layout de Marcos Arthur sobre as fotos de Pierre Verge
Fonte: Revista dos Amigos da Mercedes-Benz do Brasil, nº 105, ano XXV - 1992 pág 36 a 41.
Texto: Sílvio Ferreira Leite
Fotos: Gustavo Campos
Layout: Marcos Arthur
Os melhores livros que li em 2012: 1- Guia Politicamente Incorreto da America Latina 2- A Festa do Bode 3- O Sonho do Celta 4- Predadores 5- A Mulher que Escreveu a Bíblia 6- Soldados de Salamina 7- Estrela Distante 8- Ensaio sobre a Lucidez 9- Tia Júlia e o Escrevinhador 10- Delírio 11- Vida Conjugal 12- Guia Politicamente Incorreto da Filosofia 13- Cinzas do Norte 14- Mar Morto 15- Tenda dos Milagres 16- Gabriela Cravo e Canela 17- Tieta do Agreste 18- 1565
O Grupo Galpão é uma das companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro. Criado em 1982, o grupo desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa, busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público.
Formado por atores que trabalham com diferentes diretores convidados, como Fernando Linares, Paulinho Polika, Eid Ribeiro, Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes e Jurij Alschitz (além dos próprios componentes que também já dirigiram espetáculos do Grupo), o Galpão forjou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro. Com essa mescla, o Galpão cria uma cena de forte comunicação e empatia com o público. Ao longo de sua trajetória, o Grupo participou de mais 40 festivais internacionais (na Europa, América latina, Estados Unidos e Canadá) e cerca de 70 nacionais, em todas as regiões do país, sendo o único grupo brasileiro a se apresentar no “Globe Theather”, em Londres. O Grupo acumula ainda mais de 100 prêmios brasileiros, com destaques para o “Prêmio Shell” (1994 – Rio de Janeiro), nas categorias melhor direção, melhor figurino e melhor iluminação, e para os Prêmios do estado de Minas Gerais “Usiminas Sinparc”, “SESC Sated”, de Reconhecimento Cultural pelos 25 anos de Atividades e a “Ordem do Mérito Cultural”, condecoração do Ministério da Cultura dada a grupos e personalidades que contribuíram e contribuem para a cultura brasileira.
(extraído do Site http://www.grupogalpao.com.br/port/ogrupo/)
Foto: Babaya - Santiago (Chile), 2013
Globe Theatre, Londres, 2012
Ao atualizar o sentido da mais conhecida história de amor da humanidade, a concepção de Gabriel Villela para o Galpão transpôs a tragédia dos dois jovens apaixonados para o contexto da cultura popular brasileira. Esse conceito sustenta todo o espetáculo, especialmente na figura do narrador, que rege toda a ação com uma linguagem inspirada em Guimarães Rosa e no sertão mineiro.
A montagem da tragédia de Shakespeare foi um marco na carreira do grupo. O encontro com Gabriel Villela significou a ousadia de fazer um clássico na rua. Ao texto original do espetáculo, na clássica tradução de Onestaldo de Pennaforte, juntam-se elementos da cultura popular brasileira e mineira, presente nas serestas e modinhas, nos adereços e figurinos que remetem ao interior profundo do Brasil.
Desde sua estréia na histórica cidade de Ouro Preto, em 1992, "Romeu & Julieta" construiu uma carreira de sucesso de público e crítica, no país e no exterior. Visto duzentas e setenta e duas vezes, em quase sessenta cidades brasileiras e em nove países estrangeiros - Espanha, Inglaterra, Portugal, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Uruguai, Venezuela e Colômbia - em teatros, estádios ou, preferencialmente, em praças públicas, por platéias oscilando entre trezentos e quatro mil espectadores. Em julho do ano de 2000, coroou sua trajetória com uma série de apresentações em Londres, no palco do Shakespeare’s Globe Theatre, onde recebeu uma consagradora acolhida do público inglês.
(extraído do site: http://www.grupogalpao.com.br/port/espetaculos/sinopse.php?espetaculo=romeu-e-julieta)
Acabei o livro Dona Flor e seus Dois Maridos (não posso me considerar um bom leitor ignorando abra de Jorge Amada). Deu aquela vontade de rever o filme de Bruno Barreto. Destaquei algumas imagens.
Sonia Braga é Dona Flor
Vadinho mais maluco, sem juízo, meu doido lindo Dona Flor (Sonia Braga) e Vadinho (José Wilker)
Dona Flor
Dona Flor
Dona Flor
Dona Flor (Sonia Braga) e Teodoro (mauro Mendonça)
Foi por 34 anos recordista de público entre o cinema brasileiro levando mais 10 milhões de espectadores aos cinemas[1], até ser ultrapassado em 2010 por Tropa de Elite 2. Foi refilmado nos Estados Unidos da América como Meu Adorável Fantasma, em 1982, e será refilmado no Brasil em 2014. Foi adaptado também em forma de minissérie para a TV Globo, em 1998.