quarta-feira, 31 de outubro de 2012

HORÓSCOPO DEFINITIVO Por Seu Casseta

Previsão para todos os dias

vocês precisam acreditar em mim eu sou astrólogo
Raul Seixas

AQUÁRIO (21 jan a 19 fev)
Você tem uma mente inventiva e dirigida para o progresso. Você mente pra cacete. Você comete os
mesmos erros repetidamente porque é estúpido. Todo mundo acha que você é o mais completo idiota.

PEIXES (20 fev a 20 mar)
Você é do tipo pioneiro e pensa que os outros são uns cabeças-de-bagre. Você é rápido para reprimir os
outros, impaciente e cheio de conselhos. Você não faz nada além de encher o saco de todos que se aproximam de você. Pensando bem, você é um cabeça-de-bagre.

ÁRIES (21 mar a 20 abr)

Você tem uma imaginação fértil e freqüentemente pensa que está sendo seguido pela polícia. Você não consegue realmente influenciar ninguém apesar de ficar o tempo todo tentando exibir seu poder. Você não tem autoconfiança e é em geral uma toupeira.

TOURO (21 abr a 20 mai)

Você é prático e persistente. Você tem uma determinação canina e trabalha como um condenado. A
maioria das pessoas pensa que você é um teimoso cabeça-dura. Você não é nada além de um maldito
comunista.

GÊMEOS (21 mai a 20 jun)
Você tem um raciocínio rápido e é inteligente. As pessoas não gostam de você porque você é bissexual.
Você tem tendência a esperar muito de muito pouco. Isso significa que você é um filho da puta barato. Geminianos costumam ter muito sucesso no incesto.

CÂNCER (21 jun a 22 jul)

Você é solidário e compreensivo com os problemas das outras pessoas, o que faz de você um xarope. Você sempre está pondo as coisas para fora. É por isso que você está sempre numa boa, apesar de não valer nada. Todo mundo na prisão é de câncer.

LEÃO (23 jul a 22 ago)

Você se considera um líder natural. Os outros acham você um idiota completo. A maioria dos leoninos é
agressiva. Você é vaidoso e não suporta críticas. Sua arrogância é enojante. As pessoas de leão são ladrões
e filhos da puta.

VIRGEM (23 ago a 22 de set)

Você é do tipo lógico e odeia desordem. Sua atitude cata-merdas é enojante para seus amigos e colegas de
trabalho. Você é frio, não tem emoções e freqüentemente dorme enquanto está trepando. Virginianos dão bons motoristas de ônibus e cafetões.

LIBRA (23 set a 22 out)
Você é do tipo artístico e tem dificuldades em lidar com a realidade. Se é homem é provavelmente meio
veado. Suas chances de sucesso profissional e fortuna são nulas. A maioria das mulheres de libra é puta. Todos os librianos morrem de doenças venéreas.

ESCORPIÃO (23 de out a 21 nov)

Você é o pior de todos. Você é traiçoeiro nos negócios e ninguém deve confiar em você. Você talvez atinja o sucesso financeiro através da sua total falta de ética. Você é o perfeito filho da puta. A maioria dos escorpiões deveria ser eliminada. 

SAGITÁRIO (22 nov a 21 dez)

Você é otimista e entusiástico. Você tem uma forte tendência a confiar na sorte, uma vez que não possui
nenhum talento. A maioria dos sagitarianos é composta de bêbados. Você não vale um pedaço de merda.

CAPRICÓRNIO (22 dez a 20 jan)

Você é conservador e tem medo de correr riscos. Você é basicamente um merda. Nunca houve um capricorniano  que tivesse qualquer importância. Você devia se suicidar.

Fonte: Casseta e Planeta?

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Escola de Bufões



A Escola de Bufões
11/ 7/ 1990 - Rio de Janeiro/RJ
Teatro Villa-Lobos

Com direção de Moacyr Góes e atores da Companhia de Encenação Teatral, o espetáculo exalta a teatralidade, por meio da sintonia entre luz, cenário, figurinos, adereços, coreografia e um texto que aborda o universo dos bufões medievais.
Escrito pelo belga Michel de Ghelderode, tem por tema a decadência da atividade dos bufões, no século XVI. A horda de fanfarrões disformes e grotescos ocupa ruínas ou porões, excluídos do mundo renascentista. A peça vê na bufonaria, entre os homens que representam o lado mais avesso da existência, os meios para reinventar a vida.
O cenário de Hélio Eichbauer abre diversos alçapões e retira a parte frontal do tablado, tornando visível a parte debaixo do palco. Esses buracos são usados pela intensa movimentação acrobática concebida por Deborah Colker. O público divide com os atores a tensão pelo risco da representação. Esse movimento, ao mesmo tempo que colabora para a definição da figura desajeitada do bufão, acrescenta-lhe um sentido poético. A música de Mário Vaz de Mello fornece o tom desse prazer cruel, conceituando com a sonoridade a leveza e, paradoxalmente, o farsesco do ofício dos bufões.
A crítica Barbara Heliodora lamenta as limitações do tratamento dado ao texto em comparação com a exuberância visual da encenação, mas reconhece no palco "um espetáculo de extraordinária vida cênica em termos de cor e movimento".1 Marcos Ribas de Faria escreve, no Jornal do Brasil, que o diretor "faz a dramaturgia do espaço" e "chega à dramaturgia da representação ou do ator".2
O crítico Macksen Luiz define a direção como uma "requintada procura do equilíbrio instável", dedicada a pensar a função da arte por meio de feias e tristes figuras e cumprindo "o papel de discutir a contemporaneidade do ato teatral". Segundo o crítico a imagem da dança do mestre Folial, interpretado por Floriano Peixoto, com o bedel Galgut, por Leon Góes, é "um dos momentos mais fortes do teatro carioca nas últimas temporadas".3Também o elenco merece admiração do crítico:
"Moacyr Góes rege uma sinfonia cruel, que trata todo o tempo de questões de vida, mas com pompa fúnebre de mortes anunciadas. Os executantes dessa sinfonia são atores que demonstram uma disponibilidade admirável para a proposta do diretor. Não se trata apenas de um esforço físico notável, mas de uma capacidade de concentração sobre personagens que se expressam pela corporeidade. Todo o elenco de apoio são bufões perfeitos que ocupam o palco com uma presença envolvente e algo repulsiva. Realizam com precisão as exigências corporais e vocais, numa unidade cênica de ação poética".4
Notas
1. HELIODORA, Barbara. Vida, cor e movimento. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 20 jul. 1990.
2. FARIA, Marcos Ribas de. Plenitude criadora. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 20 jul. 1990.
3. LUIZ, Macksen. Os bufões da arte. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 14 jul. 1990. Caderno B, p. 4.
4. Ibid.



Veja abaixo o folheto digitalizado da primeira encenação em 1991.